segunda-feira, 27 de abril de 2009

Centro de Formação em Economia Solidária é Lançado amanhã em Cuiabá


Fortalecer poteancial de empreendedores para inclusão social e sustentabilidade econômica são metas do Cenatro.



Será lançado amanhã em Cuiabá o Centro de Formação em Economia Solidária. O lançamento acontece a partir das 15 horas, na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso – SINTEP. Os Centros de Formação em Economia Solidária fazem parte das estratégias da Política Nacional de Formação em Economia Solidária - PNES, proposta que vem sendo construída há algum tempo, permeando os debates do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e da Secretaria Nacional de Economia Solidária - SENAES. A Plataforma do Movimento propõe a criação de centros de referência onde sejam ofertados cursos para agentes multiplicadores da Economia Solidária.
Rosangela Góes, coordenadora pedagógica do centro, explica que o Lançamento do CFES, também é um momento de planejamento coletivos dos cursos de formação que serão oferecidos. De acordo com a PNES, os cursos de formação são formas de estimular a produção auto-gestionária, bem como a capacitação de empreendedores sociais.
O lançamento/planejamento do CFES conta com a participação de parceiros na idealização deste centro, como a CUT – Central Única dos Trabalhadores, a CUFA – Central Única das Favelas, Representantes dos Fóruns estaduais e municipais de Economia Solidária da Região Centro Oeste, bem como representantes da Federação dos Trabalhadores da Industria de Alimentos e Afins, e da Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul.
Sobre o CEFS:
Os CFES se destinam à formação de formadores, educadores e gestores públicos que atuam com economia solidária, contribuindo para fortalecer seu potencial de inclusão social e de sustentabilidade econômica, bem como, sua dimensão emancipatória.
No final de 2007, foi aberto um processo de seleção de entidades para implantar os Centros de Formação em Economia Solidária. A SENAES definiu pela implantação de cinco Centros Regionais de Formação em Economia Solidária espalhados pelas regiões do Brasil e um Centro Nacional de Formação localizado em Brasília.


SERVIÇO:


O QUE: Lançamento do Centro de Formação de Economia Solidária em Cuiabá


ONDE: Sede do Sintep. Rua Barão Mestre João Monge, nº 102. Bairro Bandeirantes.


QUANDO: Dia 28 de Abril


HORÁRIO: A partir das 15 horas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Casa do Rio de Canaabrava do Norte (MT) é destaque no Terra‏

MT: Fazendeiro navega com a própria casa

Seu Davi Nalevaiko é fazendeiro, paranaense de Foz do Iguaçu. Tem sangue nórdico, herdado do bisavô polonês. Cinco anos atrás, trocou o sul do Brasil pela cidade de Canabrava do Norte, no nordeste do Mato Grosso, a mil quilômetros da capital Cuiabá.

A história de seu Nalevaiko seria muito parecida com a de outros tantos agricultores que saem do sul para o cerrado se, há pouco mais de dois meses, ele não tivesse realizado um acalentado sonho: construir uma casa flutuante.

- Nunca tinha visto nenhum modelo. Eu comecei sonhar e fui projetando. Discutia umas coisas com os amigos, trocava umas ideias com eles, até ficar pronto o projeto final - diz o fazendeiro.

Seu Nalevaiko, navegando com a casa dele

Aos 54 anos, com apenas um ajudante e no tempo recorde de um mês, construiu uma casa de madeira, sustentada acima da lâmina d’água por nada menos que 25 tambores plásticos de 200 litros.

Seis pessoas podem passar tranquilamente a noite na casa. São dois quartos - um para casal e o outro com beliches -, banheiro, cozinha e duas áreas, uma de lazer e outra de serviço.
A área de serviço “dobrável”, inclusive, é uma das surpresas de engenharia da casa. Quando o dono não está, deixa de ser área e vira a parede da cozinha. O fazendeiro, porém, apressa-se em fazer o alerta: “olha, a uma casa muito simples, não tem muita frescura não”.


Esposa do fazendeiro, Dona Lore também se diverte com a pesca

Seu Nalevaiko usa a casa para lazer, para passar um final de semana no rio e aproveitar uma boa pescaria. Ou então para fazer pequenas comemorações. “Na última vez, coloquei onze pessoas lá ao mesmo tempo”, garante.
Discreto, não divulgou muito o feito, mas diz que “tenho uns amigos que estão doidos para ir lá ver”. Quem já foi, gostou muito, assegura o fazendeiro.
A casa fica numa lagoa, no Rio Fontoura (um dos afluentes do Xingu), na propriedade vizinha à fazenda de seu Nalevaiko.

A casa já recebeu 11 visitantes ao mesmo tempo, sem nenhum risco de afundar

Não é possível imaginar a minha surpresa quando ele disse: “também navego com ela”.
- Como assim? - reagi.

- Eu tenho um pequeno motor a diesel Mercury e, quando preciso, coloco nela e dou uma navegada pelo rio. Já naveguei cerca de 500 metros de uma vez só. Mas, assim com água parada, acho que dar para ir até uns dois, três quilômetros.

É, definitivamente o adjetivo “imóvel” perde o sentido quando falamos da casa de seu Nalevaiko.

O jantar vem do próprio rio

Quando pergunto se ele não se acha diferente, responde simplesmente que não. “Acho que na Amazônia deve ter outras casas assim. No Vietnã, tem muitas casas em cima do Rio”, diz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Earth Day!









Olá Amigos,

Em um único dia, milhares de ligações. Todas sobre as mudanças climáticas. Para quem? Ninguém menos do que para os governadores de seus países, estados e cidades.

A idéia do Earth Day é que o mundo inteiro faça o mesmo no dia 22 de abril, ou seja, pegar o telefone e cobrar os governantes por uma moratória da queima de carvão, pelo uso de energias renováveis e por construções mais eficientes.

Diversos eventos voltados ao meio ambiente aconteceram nesse dia ao redor do mundo. Nova Iorque, Tokyo, Buenos Aires, Sydney e Barcelona são alguns dos exemplos de locais onde poderão ser vistos shows e outros eventos voltados ao Dia da Terra.

Por que no dia 22 de abril? Foi nesta data que o senador estadunidense Gaylord Nelson fundou, em 1970, a comemoração no país para que a discussão sobre o meio ambiente se tornasse algo nacional. Denis Hayes, então estudante da Harvard, foi chamado para organizar os eventos. Nesse ano, cerca de 20 milhões de pessoas participaram das atividades. Hoje, acredita-se que aproximadamente 500 milhões de cidadãos de todo o mundo fazem algo pelo meio ambiente nessa data.

A mesma organização que promove as celebrações desenvolveu também o Global Water Network, um site para conscientizar o público sobre os problemas com a água e para gerar fundos e patrocínios para projetos de tratamento desse recurso e de ampliação do saniamento básico. O dinheiro arrecado, então, é destinado para Ongs da América do Sul, África e Oriente Médio.

Não se esqueça: no dia 22 de abril, pegue o telefone, ligue para os seus representantes e cobre políticas que ajudem o meio ambiente.

Por Leandro Nascimento

terça-feira, 21 de abril de 2009

Aldeia Urubu Branco faz festa do dia do Índio

Olá Amigos,

Estive neste fim de semana na aldeia Urubu Branco da etnia indígena Tapirapé, no momento conhecemos um pouco mais do dia-a-dia dos indígenas, gravamos um documentário na aldeia onde nos sentimos privilegiados de estarmos ali conhecendo e saboreando da cultura dos povos indígenas do Araguaia.

Além da etnia Tapirapé ainda estava presente na festa os Carajás, Xinguanos e outros. Através do Arco e Flecha, Futebol e Cabo de Guerra os índios mostraram que a amizade tem que estar em primeiro lugar. Foi através desta união que eles se reuniram e terminaram o dia 19 com grande comemoração, dia do índio, em estilo de forró, mas no coração a dança e folclore indígena dizem que não vai se apagar.

Postando aqui agora um pouco dos bastidores deste documentário que valeu muito estar lá. Agradecimentos a todos.






Mais Fotos Clique Aqui!


Por Leandro Nascimento

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Blog das Ruas do Portal Terra destaca II jogos indigenas da Etnia Tapirapé


















Os times são suas tribos. Os esportes, levemente “adaptados” das modalidades tradicionais. É assim, promovendo a comunhão e celebrando a diferença, que centenas de indígenas reúnem-se nos dias 18 e 19 deste mês na Aldeia Urubu Branco, da etnia Tapirapé, para a realização dos II Jogos Olímpicos Esportivos Culturais dos Povos Indígenas do Araguaia.

Além dos anfitriões, outras cinco etnias (Carajás; Javaés; Camaiurás; Cuicuros e Caibis) participam dos Jogos. Ao todo, a celebração deve mobilizar, entre competidores e acompanhantes, cerca de mil indígenas das etnias envolvidas.

Segundo Fabinho Wataramy Tapirapé, presidente da APOIT (Associação Povos e Organização Indígena Tapirapé), além de comemorar o Dia do Índio (19/4), o principal objetivo da competição “é o estreitamento dos laços de amizade entre os povos” - e isso inclui os não-indígenas. O convite para apreciar os Jogos é, portanto, extensível aos “cara-pálidas”.



Como a Aldeia Urubu Branco fica bastante próxima (28 km) ao município de Confresa, situado no extremo nordeste matogrossense, há a expectativa que a aldeia receba cerca de mil visitantes não-indígenas para acompanhar o evento. Quem for lá vai perceber uma novidade: há apenas 20 dias foi feita a primeira ligação da energia elétrica na aldeia.

As modalidades esportivas em disputa são futebol, cabo de guerra, arremesso de lança, corrida de 100 metros e arco e flecha. Todas elas, divididas entre masculino e feminino. A única exceção é o arco e velha, quando homens e mulheres competem juntos.

É curioso notar, entretanto, que a premiação é muito maior para os campeões do futebol masculino, cujo primeiro lugar leva R$ 1000,00. Esse valor é o dobro da premiação do futebol feminino (R$ 500,00) e dez vezes mais a das outras modalidades, R$ 100,00.

“As meninas têm o mesmo valor dos homens. Têm premiação menor porque os homens disputam mais partidas, é mais concorrido”, argumenta Fabinho Tapirapé. O presidente da APOIT, entretanto, não se sai tão bem quando tenta explicar a diferença em relação às outras modalidades:

- O futebol é o que mais chama atenção, as pessoas são mais interessadas no futebol… além disso, estamos com pouco dinheiro para evento…



Premiações à parte, Fabinho Tapirapé garante que o estímulo à prática esportiva, cuja ápice seria a realização dos Jogos, “é ainda um incentivo para que os jovens das aldeias não se envolvam com drogas”.

Os II Jogos Indígenas do Araguaia também são um momento de manter viva as tradições e as marcas de identidade cultural dos povos.

Na noite do dia 17, quando acontece a abertura oficial dos Jogos, os representantes de cada povo fazem uma apresentação, dão uma amostra aos presentes dos encantos de sua etnia. O mesmo acontece no encerramento dos Jogos.

- Nesse momento não há competição nem prêmios - diz Fabinho Tapirapé. - As culturas de cada um dos povos têm o mesmo valor.
(fotos: Ednilson Aguiar/ Secom-MT [1]; Leandro Nascimento [2; 3])

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Silval Barbosa a única opção de Mato Grosso?

O herói traidor parece ser o único nome a governador

Olá Amigos,

Oras pois, num é que a política é engraçada mesmo e pode pregar peças em muitas pessoas até mesmo nos grandes nomes da nossa jurássica modelagem de escolha aos nossos governantes.

Olha essa peripécia; nomes grandes como Antero Paes de Barro, Dante de Oliveira, Jayme Campos, Julio Campos e outros já comandaram o nosso Estado, mas em 2002 um nome desconhecido por todos tomou de assalto e assumiu a direção do Estado, o maior produtor de soja do mundo Blairo Maggi chegou pomposamente no Palácio Paiaguás após driblar nomes antes citados por mim.

Agora preste a romper mais uma campanha eleitoral para Governo e vemos uma triste indecisão, nomes novos, nomes bons, mas será que o Estado acabou com o celeiro de lideranças? Vejamos; para cotar Silval Barbosa como o nome de maior cacife para concorrer o governo em 2010 os políticos no mínimo sumiram do mapa, pois bem, Quem é Silval Barbosa, o Mato Grosso Sabe?

O homem que se elegeu prefeito de Matupá em 1993 uma cidade pequena desconhecida por muitos no Estado, fez algumas obras relevantes na época, a cidade era realmente feia e alinhavada por buracos de garimpos. Quatro anos mais tarde se elegeu deputado estadual em uma jogada de sorte, uma região que estava sem representatividade ganha Silval como o seu herói. Depois mais três mandados como deputado chega à cadeira de vice-governador com mais uma jogada de sorte.

Portando o interessante que, Silval foi um dos opositores ferrenho de Maggi, pois na sua última campanha para deputado estadual só não chamou o Maggi de Santo em palanque por que o vaticano não o tinha como tal, na época Silval gritava em seu palanque que queria a divisão do Estado, pois queria um novo estado para dar visibilidades aos pobres e necessitados dessa região. Era o herói de todos no Nortão e Araguaia.

Mas a idéia de divisão não era dele, foi de um vereadorzinho de Sinop, Brandão, e de um deputado estadual que morreu em um acidente de avião. Ele se dizia dono de tudo e com cartilhas nas mãos e com os amigos compatriotas do Norte e do Araguaia fazia um barulho tremendo.

Mas num se passou muito tempo e a idéia de divisão sumiu, Maggi calou todo mundo, e em 2006 quem era o vice de Maggi, o seu maior opositor da primeira eleição, Silval da Cunha Barbosa. Silval traiu o Norte Araguaia e o Nortão do Estado. Porém como isso não é tudo ele agora quer ser o sucessor de Maggi, mas logo ele que traiu o seu povo, que era um opositor ferrenho de Blairo Maggi. Será que não tem nome melhor, ou os políticos acabaram? O herói que traiu os seus merece estar no local de maior destaque do Estado?

Enfim devo estar delirando em minha abestinhações.

Leandro Nascimento é Jornalista

terça-feira, 14 de abril de 2009

Caminhão “desaparece” em atoleiro na rodovia Cuiabá-Santarém

Edilson Almeida
Redação 24 Horas News

Ponte não suportou peso de caminhão na Transamazônica. (Fagner Azevedo)



A rodovia que liga Cuiabá a Santarém, no Pará, principal porto do Norte do Brasil, voltou a sua rotina., qual seja, condição precária e totalmente sem possibilidade de tráfego. "O famoso trecho conhecido como “Cintura Fina” está prestes a desmoronar porque ali naquele local o solo é extremamente arenoso e as chuvas diárias estão levando toda a areia que resta" – informa Fábio Jacobi, que acaba de voltar de uma viagem à região da BR-163, e flagrou o lamaçal “engulindo” um caminhão.



A precariedade das estradas da região Norte do Brasil nesta época do ano são latentes. “São atoleiros, buracos, falta de condições de higiene ou qualquer tipo de infra-estrutura. Digo que, literalmente, quem vive ou passa por lá fica ‘à mercê da natureza’, rezando para que a chuva não venha e para que a viagem prossiga” – afirma a estudante de arquitetura Taise Henckel, resumindo as condições da rodovia ao “Globo Amazônia”. Seu pai, que é caminhoneiro, faz o percurso mensalmente.



Trinta e dois anos depois da inauguração, menos da metade da rodovia foi asfaltada. Na rodovia falta acostamento e sinalização. Em alguns trechos, a pista é muito ondulada e cheia de buracos. Na beira da estrada, cruzes lembram os mortos em acidentes, e são símbolos de protesto. falta de segurança é um dos piores problemas da estrada. Quando se cruza a divisa entre Mato Grosso e Pará, ainda há 900 km terra até Santarém. E o pior: o primeiro hospital está a 750 km, em Itaituba.



Na “Cintura Fina”, o terreno arenoso faz da rodovia uma espuma derrapante. Basta um erro para que os ônibus e caminhões vão parar nas imensas valas que margeiam a estrada. O asfalto só aparece a cem quilômetros do porto de Santarém, um importante acesso para o transporte de produtos à Europa e aos Estados Unidos. A promessa do governo é recuperar a BR-163 até 2011. A obra tornaria mais barata a exportação de grãos de Mato Grosso e daria dignidade às famílias que vivem no Pará. O grande desafio do empreendimento, contudo, será asfaltar a rodovia preservando o que ainda resta da Amazônia.



Os relatos dos que passam pelas rodovias da região são ricos. Segundo Fagner Azevedo, de Cuiabá, não é apenas a BR-163 que precisa de cuidados. Em uma viagem que fez pelo sul do estado do Amazonas, ele encontrou pontes caídas, lamaçais e pedágios cobrados por tribos indígenas. “Lá, sempre as estradas foram ruins. Quando começa a chover, nem se fale” - relata.



“Mas existe outra rodovia, a BR-158, que pede socorro também. A estrada fica intransitável principalmente na época das chuvas. Existem alguns mapas em que ela consta estar asfaltada, inclusive tem pontes que começaram a fazer, mas parou sem terminar”, revela a Márcia Aparecida Garcia. “Um outro problema é o desmatamento. Quando conheci essa região, tinha só mata fechada, Agora é só deserto. Na região existe até brigas com posseiros e índios”.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Receita da vovó



Para começar a segunda-feira, nada melhor que uma antiga e deliciosa receita, estive passando pela cozinha e resolvi fazer uma receitinha para matar a fome, nada que uma boa comidinha caseira. Vejam o Bolinho de Chuva.

Ingredientes

2 ovos

2 colheres de açúcar

1 xícara de chá de leite

Trigo para dar ponto

1 colher de sopa de fermento

Açúcar e canela

Modo de Preparo

01 - Misture todos os ingredientes até ficar uma massa não muito mole, nem tão dura.

02 - Deixe aquecer uma panela com bastante óleo para que os bolinhos possam boiar.

03 - Quando estiver bem quente comece a colocar colheradas da massa e abaixe o fogo para que o bolinho não fique crú por dentro.

04 - Coloque os bolinhos sobre papel absorvente e depois se preferir passe-os no açúcar com canela.

sábado, 11 de abril de 2009

Matupá será modelo em ecoturismo no MT

Lagos são orgulho da população, investimentos mostram preocupação com o meio-ambiente

Olá Amigos,

Cidade histórica no Norte de Mato Grosso com uma população estimada segundo o Censo de 2004 de 11.837 habitantes, com uma área de 7156,51 Km². Se carregar cultura é positivo, Matupá desde o nome é cultural, nome originado do dialeto indígena Tupi guarani “matupa” significa porção de terra com vegetação que se desprende dos rios na bacia do Amazonas. A massa compacta de capim aquático encontrado à beira dos rios e lagos e em terra flutuante, desgarrada da margem ribeirinha por ação de enchentes e que vai descendo água abaixo. Esta massa cobertura de canarana e mucuré é vegetação tipicamente amazônica.

A cidade surgiu da abertura da rodovia Cuiabá/MT à Santarém/PA (BR 163), uma cidade que foi projetada aos moldes de Brasília (Distrito Federal), recebeu este nome pelo Grupo Ometto, da Colonizadora Cachimbo. Desde o inicio de sua criação o Grupo Ometto tinha como preocupação no projeto urbanístico de Matupá, “uma cidade que sintonizasse com as condições ambientais, integrando-se ao quadro natural em que a floresta e o rio fossem valorizados, e ao mesmo tempo respondesse às nossas tradições urbanas”, disse o Engenheiro Agrônomo e Ex-Prefeito Sergio Muniz Bernardes, um dos funcionários da empresa Cachimbo que ajudou na colonização da cidade.

Hoje Matupá esbanja um cenário lindo, muito cobiçados por empresas do ramo de turismo no Estado, aproximadamente há 100 km do Parque Estadual do Cristalino e a 720 km da Capital do Estado Cuiabá, eixo principal da BR 163 com a BR 080. Por estar próxima ao Parque do Cristalino e já ter um projeto urbanístico que é chamado costumeiramente por Projeto Urbano Modelo Ecológico, por universitários de ecoturismo, Matupá ganha espaço para disputar uma vaga como a cidade que irá aos próximos anos receber turistas interessados em visitar o parque e de passagem param na cidade para fazer um tour pelos belos casarões antigos, capelas construídas em moldes coloniais, escola agrícola, cachoeiras, praias e os lindos cartões postais os lagos azuis no centro da cidade.

Quem visita Matupá se encanta com a preservação e a beleza natural conservado em pleno centro da cidade, “estive este ano em Guarantã do Norte a negócio, mas não pude deixar de visitar Matupá, quão lindos são aqueles lagos, verdadeiros cartões postais, fiquei sabendo que a cidade ainda tem muitas outras opções a oferecer, quero levar minha família”, disse o professor e pesquisador da USP, Oswaldo Santos.



Pioneiros da cidade, hoje residem em São Paulo em Caraguatuba.


Cidade emancipada em 04 de julho de 1988 é uma criança, mas já carrega histórias incríveis, “na minha última visita a cidade conheci histórias emocionantes”. Por volta de 1982 existia somente mata na cidade, naquela época estavam morando na cidade somente à família Oliveira Pereira, seu Moacir Pereira e dona Laides de Oliveira Pereira vieram para Matupá tentar a vida, fora eles somente o pessoal que trabalhavam com o Grupo Ometto estavam na região. Segundo Mauricio Oliveira filho do casal na época existia somente um casebre do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no entroncamento da BR 163 com a BR 080, “quando tinha 13 anos trabalhava de ajudante de mecânico na Cachimbo dando assistência para as máquinas que abriam as primeiras ruas da cidade”, disse Maurício.

“Lembro daquela época que chegaram à cidade o Seu Zé Marcondes e seu Dilermando, somos os mais velhos com certeza”, disse Mauricio Oliveira, que hoje reside em Sorriso onde tem uma empresa de Marketing e Propagandas.

No ano de 1984 que começou as ruas, a cidade ganhou corpo, à empresa do Grupo Ometto Construiu a primeira escola que leva o nome do patriarca da família Ometto, Antônio Hermínio Ometto, a escola foi construída e doada para o governo do Estado que começou a ser usada para o ensino dos poucos alunos, como na época corria muito ouro na cidade à empresa construiu um hotel colonial imenso, Hotel Matupá, hoje temporariamente desativado, não tinha lugar para adorar a Deus foi construída a capela Mãe de Deus, não tinha segurança a empresa construiu o destacamento da Polícia Militar, o padre não tinha onde morar foi construído a Casa dos Padres, e outras residências que foram adquiridas por médicos, empresários e outras pessoas que começavam a chegar à cidade.

Empresário, Maurício Oliveira, ajudou na construção das primeiras ruas.
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Em 1988 onde têm os lagos hoje era apenas um córrego, onde foi deixado como reserva ambiental, a colonizadora tina idéia de construir um “central parque”, mas quando o primeiro prefeito assumiu deixou que os garimpeiros invadissem o Centro da cidade para retirada de ouro, na época o Senhor Adário Martins era o prefeito municipal. Depois de um escândalo que abalou o Estado o prefeito deixou a prefeitura perdendo a reeleição para Silval Barbosa, que criou os lagos deixando um deles arborizado e pronto para uso de lazer. Que mais tarde foi desativado, e abandonado.

Passou pela prefeitura Sergio Muniz, Valter Mioto e agora exerce o cargo de prefeito Fernando Zafonato. Na administração de Valter Mioto que foram urbanizados os lagos da cidade, com lindos projetos urbanísticos prontos para Ecoturismo.

Hoje políticos de renome no Estado começam a olhar para Matupá como uma cidade modelo, estudantes de turismo e ecoturismo, começam a estudar a cidade para que outros projetos sejam englobados na área de preservação ambiental Amazônia Legal. Questionado sobre o que falta para Matupá se consolidar uma cidade histórica e turística, Mauricio Oliveira diz satisfeito com a pergunta, “não seria o caso ainda, Matupá é uma cidade muito jovem, não tem muito o que oferecer, mas por outro lado tem um parque aquático muito lindo, que é um verdadeiro cartão postal, mas acredito que se houver um investimento por parte do poder público e privado, para que evidencie a potencialidade do município a este sentido [turismo]; como, por exemplo, praias do Rio Peixoto, Cachoeirinha na E-60 e muitas outras belezas naturais que podem serem descobertas”, disse.

“Matupá e toda região tem que achar uma solução para não agredir mais o meio-ambiente, o eco-turismo seria uma das grandes e importantes soluções para este município em desenvolvimento, quem sabe não é a mais nova economia da cidade?”, disse Maurício quanto questionado sobre os impactos ambientais causados pela economia atual, extrativismo de madeira, pecuária e plantações de grande porte.

Ainda conversamos com a estudante de administração, Evelym Pámela, que mora na cidade desde o primeiro ano de idade, ela ressalta que quando era criança não existia asfalto, os lagos era um bagunça, “um verdadeiro poço de garimpo, aqui tudo era baseado no Ouro”, perguntamos sobre a preocupação das pessoas com o meio-ambiente ela diz que hoje as pessoas estão mais atendas, “antigamente só destruía, hoje não, a escola está preocupada em preservar, os país, o Poder Público, enfim tem pessoas mais conscientes”, disse a estudante.

Matupá hoje uma das cidades modelos, em breve poderá ser uma potência turística, mas como disse a estudante Evelym, tem que continuar havendo essa preocupação de cuidar da cidade e preservar as belezas naturais; quão belo é assistir a um show as margens do lago, onde se reflete a noite toda a beleza da cidade, os enamorados curtem as casinhas do lagos, os desportistas tem onde alimentar sua sede pelo Esporte. Em um passado próximo visitava a cidade e via o caos nos lagos da cidade, hoje as potências são outras.

Conheça Matupá; será nosso próximo tema aguardem...

Por
Leandro Nascimento


Fotos: Focus

Comunidade no Orkut!


Conheça nossa comunidade no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpp&cmm=41537231

Por Leandro Nascimento

BR-163: um sonho!


Estou cansado de escrever sobre o tema, “BR-163”, mas isso não me faz parar de bater na mesma tecla e querer uma melhoria para está dita cuja que tanto agoniza pessoas de bens no nosso Estado.

Vejo promessas e mais promessas, até mesmo no Programa de Aceleração do Crecsimento ela “era” prioridade. Os sonhos estão perdidos ou não? Quantas pessoas tem que morrer atolado nas estradas, quantas pessoas tem que ficar sem educação profissional, quantos tem que ficarem morando em casas de pau a pique sem condições de logística para exportar os seu produtos, qauntos tem que ficar esperando o final do mês para saber notícia do filho que saiu de casa para tentar a vida em terras estranhas, quantos tem que serem taxados de bandidos e por que não roubaram um tostão de ninguém, ou será que somos caipiras jecas que não entendem de nada, acorda “fio” aqui tem pessoas morrendo para colocar comida na sua mesa.

O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, estará em Mato Grosso na próxima Terça-feira e, com certerza será questionado sobre a demora de tal, será que ele irá responder com as frases tolas de sempre ou, vai pedir para os meu conterrâneos “relaxar e gozar”.

Quero parar de citar os “abacaxis” que ocorrem no coração do problema, por que de falar estou cheio, quero ações. Quero ver os maquiavélicos prometerem e cumprirem, estou cheio de palavras torpes nos meus ouvidos, cansei de ouvir uma música que não tem melodia.

Soluções estão aí na ponta do focinho, se o problema BR-163 não pode ser solucionado, arrume outras soluções.

Enfim gente queria deixar aqui minha indignação para com as corrupções, para com as injustiças, o nosso Estado é massacrado e nada de receber um quinhão de melhorias ou aquecimento econômico. Somente querem acabar conosco ou, será aquecimento global.

Artigo publicado no editorial do Jornal Novo Milênio (semanário) na edição 254. Clique aqui para ver a capa!.


quinta-feira, 9 de abril de 2009

De CASA nova!


Olá Amigos,

A todos vocês sejam bem vindos.
Espero que gostem e possamos continuar traçando as histórias juntos. Obrigado pela parceria e pelo espaço cedido em vossos tempos.

Que Deus abençoe cada um, aqueles que conheço pessoalmente, aqueles que nunca vi, aqueles que comentam, aqueles que nunca falaram nada, a todos.

Continuamos ao rumo do Sucesso!

Por Leandro Nascimento

Das Ruas trás entrevista exclusiva de MV Bill

Por Blog das Ruas


MV Bill: “se por ventura eu me candidatar, vai ser ao senado”
Tags:, , , , - iurirubim às 13:25
Rapper nega candidatura já nas próximas eleições, mas deixa aberta a possibilidade de seu envolvimento com a política.

Conhecido em todo país, MV Bill está mais uma vez no centro das atenções. A expectativa para que se candidate nas eleições de 2010 já tem mobilizado possíveis eleitores, que criaram um blog para “ajudar” o rapper a se decidir. O blog já tem depoimentos de figuras importantes, como o cineasta Cacá Diegues, em apoio à candidatura de Bill.
Toda essa movimentação começou quando Caetano Veloso “lançou” a candidatura o rapper ao senado, durante um show que faziam juntos. A declaração do mano Caetano provocou um grande burburinho e virou pretexto para que a Cufa - Central Única de Favelas encomendasse uma pesquisa, na qual se verificou que 37% dos jovens do Estado do Rio votariam em Bill.
Leia também:>>”Resolvi surfar no olho do furacão”, diz MV Bill
O Blog das Ruas conversou com MV Bill sobre o assunto. Admite que “esse é o assunto de todas as rodas”, embora negue disputar as próximas eleições - “nunca passou pela minha cabeça ser candidato a alguma coisa”. Ainda assim, Bill dá a entender que esta não é uma possibilidade remota. Garante, inclusive, que, caso saia candidato, “vai ser para senador”.
Durante a entrevista, o cantor dá algumas “deixas” que animariam seus cabos eleitorais. “Tudo isso pra mim é muito novo. Sei que não vou cantar rap a vida inteira” ou “se um dia eu fosse obrigado a ser candidato” dão a entender que ele considera a possibilidade, apesar de suas negativas.
Uma declaração, porém, parece ser mais significativa que as outras. Comentando os resultados da pesquisa encomendada pela Cufa, Bill escorrega: “se eu for convencido a fazer parte dessa outra história”. Paira, então, a dúvida: quais seriam os argumentos necessários a convencê-lo?
Articulado, MV Bill demonstra ter uma visão sem preconceitos da política e a reconhece como o “caminho democrático que nos leva para outros lugares”.
Conta, embora não cite nomes, já haver conhecidos vários Mensageiros da Verdade (significado do MV) na política nacional.
Afirma que já tomou “muita porrada” e foi taxado de bandido e não identifica no atual contexto nenhum político que seja representante legítimo das favelas. Entretanto, prefere também não assumir esse posto: “se um dia eu fosse obrigado a ser candidato seria em nome das pontes”, diz.
Confira a entrevisa.
Você cogita sair candidato nas próximas eleições?
Não, nunca passou pela minha cabeça ser candidato a alguma coisa, mas isso sempre esteve presente na cabeça das pessoas, elas diziam que eu deveria militar em outras frentes, mesmo que fossem partidos, nem que fosse no futuro. Diziam e ainda dizem que minha contribuição no movimento social é importante, mas que me credencia a ser representante de parte delas em outros lugares. Se paramos para refletir, isso faz muito sentido. Se têm razão ou não, ainda tenho dúvidas. O fato é que o tempo tá passando e vamos amadurecendo.
O Rap é importante, o movimento social, negro, de juventude e todos os outros. Mas penso que parte de nós devemos estar sim, na política formal, marcando posições sérias e representando e levando os objetivos de um determinado seguimento da sociedade para as mesas de decisão. Só que hoje conseguimos falar para uma massa maior, não somente para a favela. Hoje o projeto não é dar voz a favela, mas é criar pontes de mão dupla entre a favela e o asfalto e nessa direção é que acredito que a nova revolução pode ser possível.

Peça produzida pelo movimento que deseja a candidatura do rapper
Tudo isso pra mim é muito novo. Sei que não vou cantar rap a vida inteira. Através do rap conseguimos mudar a vida de muitos jovens, mas é pouco, precisamos continuar trabalhando para mudar a vida de todas as pessoas, de todos os lugares.
As pessoas estão pedindo que você se candidate…
Tenho visto várias manifestações e mesmo na rua, as pessoas me abordando e pedindo para eu ser candidato ao senado federal, como se eu fosse salvação para alguma coisa. Não sou, sou apenas mais um louco que tenta contribuir para diminuir esse caos social que está afetando a todos. E exatamente por isso precisamos ter na política formal pessoas de sérias de outras origens, para termos equilíbrio social também na política. Pois essa seria uma outra forma de formalizar políticas públicas para uma parcela da sociedade que não tem representantes e daí o que é feito para elas é, penso, por cidadãos estranhos.
Mas garanto que se por ventura eu me candidatar a alguma coisa, o que acho difícil, vai ser para senador, pois tão importante quanto ter um mandato majoritário é a juventude brasileira marcar uma posição nacional e dizer que não quer mais servir de massa de manobra.
Nesse aspecto, essa candidatura estaria acima dos partidos e de ideologias, mas estaria focada na vontade de uma juventude dizer que esse mandato é nosso, comprometido não com a favela, mas com todos os jovens desse país que desejam sair da invisibilidade para então construir alternativas reais para todos.
Só não sei ainda quem seria o agente dessa missão. E por isso que eu digo, essa pessoa e esse mandato não deve sequer ter plataforma e propostas. A única proposta deve ser guiar os próximos oito anos ouvindo e executando os anseios da juventude brasileira. E, na boa, isso não acontece em estado nenhum… Isso me entristece, e isso me anima.
Caso saísse candidato, qual seria o partido de sua preferência?
Não penso nisso hoje. O Celso mandou fazer uma pesquisa, e nessa pesquisa o PT era o partido mais citado, e a maioria das pessoas preferem que eu seja deputado e não senador.
Eu não entendo nada de pesquisa, mas de toda maneira as pessoas pesquisadas diziam que votariam em mim independente do cargo escolhido. O mais importante de tudo isso é saber que as pessoas reconhecem em nosso trabalho algo que vai muito além de rimas e canto afinado. As pessoas nos reconhecem como militantes de um movimento que é politizado por excelência. Nos reconhecem como alguém que tem se esforçado para fazer diferença, para construir vidas.
E é o que estamos tentando fazer ao longo desses anos. Seria muito fácil ter uma frase para dizer o que eu faria, mas prefiro continuar fazendo o que estou fazendo, militando na base social e impactando sem alardes.

"Já tomei muita porrada e já fui taxado de bandido"
Acha que conseguiria lidar com as pressões e acordos que fazem parte do cotidiano da política nacional?
Faço parte do movimento social e de tantos outros movimentos, só chegamos até esse momento exatamente pela capacidade de interagir, de negociar, de sair da favela, de se comunicar com os “outros”. Eu nunca disse que odiava a política, nunca disse que a desejava. Mas sempre disse, e digo, que ela é o caminho democrático que nos leva para outros lugares que também precisamos estar presentes.
Continuar xingando todos os políticos é fácil, mas eles vão continuar dando as cartas e nada vai mudar.
Qual sua posição a respeito da pesquisa encomendada pela Cufa, que indica que você é bastante conhecido da população e que 37% dos jovens o escolheriam como seu candidato?
A primeira coisa que fiz foi ligar para o Celso e pedir para Cufa não se meter nisso. Se o louco do Caetano e agora outras pessoas querem sugerir meu nome, tudo bem, mas a Cufa não, não aceito nenhuma participação da instituição.
Formalmente eu nunca fui da Cufa, não assino nada, meu nome não consta em lugar algum, nunca demiti ou admiti na Cufa. Minha participação sempre foi somente no front, onde eu sempre preferi. Mas ajudei a definir suas regras e uma delas é que se alguém da instituição quiser se aventurar no campo político, a primeira coisa a fazer é se desligar - e somente poderá voltar para a entidade 10 anos depois.
Então, se eu for convencido a fazer parte dessa outra história, eu não apareço em nada da Cufa e a Cufa não vai aparecer em nada que envolva política formal. É muito importante separar as coisas e assim vai ser. Esse é o assunto de todas as rodas hoje, mas de verdade eu não penso ser candidato a coisa nenhuma. Mas isso mostra que a juventude brasileira precisa ser representada por ela mesma e as pessoas parecem que querem isso.
Existem, nas várias esferas de poder, políticos que sejam representantes “legítimos” das favelas, que morem lá e conheçam de perto as questões de seu cotidiano?
Bem, nesse momento eu não lembro de nenhum, mas se um dia eu fosse obrigado a ser candidato seria em nome das pontes, eu seria em nome de alguém que transita em várias vertentes sociais e que já tomou muita porrada, que já foi taxado de bandido, que responde a processos mas que nunca pensou em desistir do caminho escolhido.
Muito mais importante do que ser representante de um grupo nesse caso, é ser porta-voz de uma gente que vai demandar todos os dias seus sonhos, suas frustrações e suas fantasias. Nesse caso é melhor estar preparado para o que vem aí pela frente e esquecer os discursos ensaiados, pois se as pessoas pensam em mim, a razão é essa, elas estão cansadas de discursos, querem viver no mundo real e prático.
Acha que existem Mensageiros da Verdade na política?
Sim, muitos. São pontos de vista deferentes de verdades diferentes, mas existem sim, e muitos. Não gostaria de falar os que lembro agora para não ser injusto com ninguém, mas certamente tenho conhecido muitas pessoas sérias nesses últimos anos. Mas a questão não está somente na seriedade, mas no compromisso. Estas pessoas têm compromissos com outras questões e grupos, apesar do coração enorme que elas têm.
Na sua opinião, qual seria hoje o maior problema do Brasil e, mais particularmente, do Rio de Janeiro?
Corrupção. Esse é o mal que permite a proliferação de todos os outros males. Tudo é possível a partir dela.
Leia segunda parte da entrevista com MV Bill
Governo promete recuperar BR que integra a Amazônia
Na primeira reportagem da série especial sobre a Amazônia, nossa equipe viaja pela BR-163, mostrando os problemas e os personagens da rodovia.
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O reinício das obras na BR-163, a estrada que corta Mato Grosso e o Pará, revela como o desenvolvimento pode ser também a raiz de problemas ambientais graves na Amazônia. Durante 20 dias, os repórteres Júlio Mosquera e Laércio Domingues percorreram a rodovia e é esta viagem que o Jornal Nacional exibe a partir desta segunda, numa série especial de reportagens. Kitakriti fica muda diante da foto. É ela quem pede comida, na BR-163, que começava a ser aberta no meio da floresta, como nos conta Perankô, o tradutor da tribo. “Nós pegamos biscoito, farinha de fubá, melancia, açúcar”. Kitakriti pagou um preço alto, mas se orgulha de uma vitória: o filho Soti-i é um dos poucos sobreviventes daquela época. “Foi uma luta dura”, diz ele. O registro foi feito há 36 anos, quando os panará tiveram o primeiro contato com o homem branco. A construção da BR-163 estava em ritmo acelerado. Dois anos antes, as obras haviam sido iniciadas em Cuiabá, Mato Grosso, e tinham como destino Santarém, no Pará. O Exército chegava a abrir por dia dois quilômetros de estrada no meio da floresta. O acampamento móvel era montado sobre chassis de caminhões. “Integrar para não entregar a Amazônia. Quer dizer, a preocupação era justamente a integração”, declarou o coronel José Meirelles, ex-comandante do 9º BEC. O regime militar temia a guerrilha que se opunha à ditadura no país e a suposta cobiça internacional despertada pela Amazônia. No meio do caminho e dos planos do governo, estavam as terras dos panará. “Quando nós sobrevoávamos a área, eles atiravam flechas nos aviões”, lembrou José Meirelles. Para se aproximar dos índios, o Exército contou com o apoio de dois profundos conhecedores da cultura indígena: dos irmãos Villas-Boas, que evitaram confrontos entre brancos e panará. Mas em dois anos de contato, apenas 82 dos 500 panará sobreviveram, como lembra Akan, com o ajuda de Perankô. “Aí começou febre, deu sarampo muito grande naquela época, acabou todo mundo”. Hoje, os Panará já não estão mais sob a ameaça de extinção. Na aldeia, vivem 420 índios, dezenas deles crianças, uma nova geração para levar adiante o legado da tribo. As mulheres preparam a farinha de mandioca. A corrida das toras voltou à rotina dos homens. O comandante do batalhão do Exército que abriu a BR-163 lamenta o sofrimento dos panará, mas defende a rodovia de terra inaugurada em 1976. “A gente sente orgulho, alegria de ter participado de uma obra tão importante, que teve um reflexo muito grande para o país. Era uma estrada larga, estrada de primeira classe, uma viagem tranquila”, contou coronel Hélio Mathias, ex-comandante do 9º BEC. Trinta e dois anos depois da inauguração fizemos essa viagem. Partimos de Cuiabá e levamos 20 dias para percorrer os 1.767 quilômetros até Santarém. Em três décadas, o asfalto não cobriu nem metade da rodovia. A maior parte está em Mato Grosso. De saída, o flagrante de um capotamento. Encontramos o motorista ainda tonto. “Aconteceu que o cara me fechou e eu caí aí dentro. O rapaz que está fazendo a cerca viu”. Na BR-163, falta acostamento, sinalização. Em alguns trechos, a pista é muito ondulada e há buracos. Cruzes lembram os mortos em acidentes e são símbolos de protesto. A rodovia fica 24 horas do dia ao alcance dos olhos do dono de um hotel. “Eu a considero como o corredor da morte. É muito comum acidente aqui”. O córrego marca a divisa entre os estados de Mato Grosso e Pará. Daqui para frente, são quase 900 quilômetros de uma estrada de terra muito ruim, e o que é pior: hospital, a gente só vai encontrar a 760 quilômetros, em Itaituba. Para enfrentar a estrada até Santarém, a suspensão dos ônibus é elevada. Motorista há dez anos no trecho, Genivaldo Ribeiro diz que, se chover, não dá para seguir. “É dormir na estrada, sem condições de nada, com sede, com fome, junto com os passageiros”. “Já tem que vir preparada com roupa, com comida, com tudo”, conta uma passageira. Na região conhecida como Cintura Fina, o terreno arenoso faz da rodovia uma espuma derrapante. Carro não passa. Um erro e os motoristas de ônibus e caminhões só param nas imensas valas. Caminhões atolados patinam, patinam e não sobem. Tem que esperar a estrada secar. “Não dá para contar quantas vezes eu já atolei nesta pista”, disse um motorista. “Se São Pedro não mandar o sol, nos dormimos aqui mesmo”, completou outro. Trinta quilômetros por hora é a velocidade média da BR entre Moraes Almeida e Aruri Grande. A estrada é muito ondulada, sacoleja tanto dentro do carro, que a sensação que a gente tem é de que está em cima de um touro mecânico. Há 25 anos, Chico do Trator tem um restaurante num dos piores trechos da BR. Ele reboca quem atola, mas não conseguiu salvar a filha recém-nascida. “Com 43 dias, a menina morreu de pneumonia. E a gente sofreu muito aí. Não teve como sair daqui para dar socorro”. Só fomos encontrar asfalto da BR-163 a cem quilômetros do porto de Santarém, um importante acesso de navio à Europa e aos Estados Unidos. Agora, o governo promete recuperar toda a BR até 2011 para baratear a exportação de grãos de Mato Grosso e dar dignidade às famílias que vivem no Pará e terá pela frente o desafio de asfaltar a rodovia preservando o que resta da Amazônia. Na reportagem desta terça, as duas faces da colonização na BR-163. Numa cidade, a educação é de primeiro mundo. Em outra, faltam livros nas escolas. E você encontra outras informações sobre a região no portal Globo Amazônia.