sábado, 11 de abril de 2009

Matupá será modelo em ecoturismo no MT

Lagos são orgulho da população, investimentos mostram preocupação com o meio-ambiente

Olá Amigos,

Cidade histórica no Norte de Mato Grosso com uma população estimada segundo o Censo de 2004 de 11.837 habitantes, com uma área de 7156,51 Km². Se carregar cultura é positivo, Matupá desde o nome é cultural, nome originado do dialeto indígena Tupi guarani “matupa” significa porção de terra com vegetação que se desprende dos rios na bacia do Amazonas. A massa compacta de capim aquático encontrado à beira dos rios e lagos e em terra flutuante, desgarrada da margem ribeirinha por ação de enchentes e que vai descendo água abaixo. Esta massa cobertura de canarana e mucuré é vegetação tipicamente amazônica.

A cidade surgiu da abertura da rodovia Cuiabá/MT à Santarém/PA (BR 163), uma cidade que foi projetada aos moldes de Brasília (Distrito Federal), recebeu este nome pelo Grupo Ometto, da Colonizadora Cachimbo. Desde o inicio de sua criação o Grupo Ometto tinha como preocupação no projeto urbanístico de Matupá, “uma cidade que sintonizasse com as condições ambientais, integrando-se ao quadro natural em que a floresta e o rio fossem valorizados, e ao mesmo tempo respondesse às nossas tradições urbanas”, disse o Engenheiro Agrônomo e Ex-Prefeito Sergio Muniz Bernardes, um dos funcionários da empresa Cachimbo que ajudou na colonização da cidade.

Hoje Matupá esbanja um cenário lindo, muito cobiçados por empresas do ramo de turismo no Estado, aproximadamente há 100 km do Parque Estadual do Cristalino e a 720 km da Capital do Estado Cuiabá, eixo principal da BR 163 com a BR 080. Por estar próxima ao Parque do Cristalino e já ter um projeto urbanístico que é chamado costumeiramente por Projeto Urbano Modelo Ecológico, por universitários de ecoturismo, Matupá ganha espaço para disputar uma vaga como a cidade que irá aos próximos anos receber turistas interessados em visitar o parque e de passagem param na cidade para fazer um tour pelos belos casarões antigos, capelas construídas em moldes coloniais, escola agrícola, cachoeiras, praias e os lindos cartões postais os lagos azuis no centro da cidade.

Quem visita Matupá se encanta com a preservação e a beleza natural conservado em pleno centro da cidade, “estive este ano em Guarantã do Norte a negócio, mas não pude deixar de visitar Matupá, quão lindos são aqueles lagos, verdadeiros cartões postais, fiquei sabendo que a cidade ainda tem muitas outras opções a oferecer, quero levar minha família”, disse o professor e pesquisador da USP, Oswaldo Santos.



Pioneiros da cidade, hoje residem em São Paulo em Caraguatuba.


Cidade emancipada em 04 de julho de 1988 é uma criança, mas já carrega histórias incríveis, “na minha última visita a cidade conheci histórias emocionantes”. Por volta de 1982 existia somente mata na cidade, naquela época estavam morando na cidade somente à família Oliveira Pereira, seu Moacir Pereira e dona Laides de Oliveira Pereira vieram para Matupá tentar a vida, fora eles somente o pessoal que trabalhavam com o Grupo Ometto estavam na região. Segundo Mauricio Oliveira filho do casal na época existia somente um casebre do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no entroncamento da BR 163 com a BR 080, “quando tinha 13 anos trabalhava de ajudante de mecânico na Cachimbo dando assistência para as máquinas que abriam as primeiras ruas da cidade”, disse Maurício.

“Lembro daquela época que chegaram à cidade o Seu Zé Marcondes e seu Dilermando, somos os mais velhos com certeza”, disse Mauricio Oliveira, que hoje reside em Sorriso onde tem uma empresa de Marketing e Propagandas.

No ano de 1984 que começou as ruas, a cidade ganhou corpo, à empresa do Grupo Ometto Construiu a primeira escola que leva o nome do patriarca da família Ometto, Antônio Hermínio Ometto, a escola foi construída e doada para o governo do Estado que começou a ser usada para o ensino dos poucos alunos, como na época corria muito ouro na cidade à empresa construiu um hotel colonial imenso, Hotel Matupá, hoje temporariamente desativado, não tinha lugar para adorar a Deus foi construída a capela Mãe de Deus, não tinha segurança a empresa construiu o destacamento da Polícia Militar, o padre não tinha onde morar foi construído a Casa dos Padres, e outras residências que foram adquiridas por médicos, empresários e outras pessoas que começavam a chegar à cidade.

Empresário, Maurício Oliveira, ajudou na construção das primeiras ruas.
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Em 1988 onde têm os lagos hoje era apenas um córrego, onde foi deixado como reserva ambiental, a colonizadora tina idéia de construir um “central parque”, mas quando o primeiro prefeito assumiu deixou que os garimpeiros invadissem o Centro da cidade para retirada de ouro, na época o Senhor Adário Martins era o prefeito municipal. Depois de um escândalo que abalou o Estado o prefeito deixou a prefeitura perdendo a reeleição para Silval Barbosa, que criou os lagos deixando um deles arborizado e pronto para uso de lazer. Que mais tarde foi desativado, e abandonado.

Passou pela prefeitura Sergio Muniz, Valter Mioto e agora exerce o cargo de prefeito Fernando Zafonato. Na administração de Valter Mioto que foram urbanizados os lagos da cidade, com lindos projetos urbanísticos prontos para Ecoturismo.

Hoje políticos de renome no Estado começam a olhar para Matupá como uma cidade modelo, estudantes de turismo e ecoturismo, começam a estudar a cidade para que outros projetos sejam englobados na área de preservação ambiental Amazônia Legal. Questionado sobre o que falta para Matupá se consolidar uma cidade histórica e turística, Mauricio Oliveira diz satisfeito com a pergunta, “não seria o caso ainda, Matupá é uma cidade muito jovem, não tem muito o que oferecer, mas por outro lado tem um parque aquático muito lindo, que é um verdadeiro cartão postal, mas acredito que se houver um investimento por parte do poder público e privado, para que evidencie a potencialidade do município a este sentido [turismo]; como, por exemplo, praias do Rio Peixoto, Cachoeirinha na E-60 e muitas outras belezas naturais que podem serem descobertas”, disse.

“Matupá e toda região tem que achar uma solução para não agredir mais o meio-ambiente, o eco-turismo seria uma das grandes e importantes soluções para este município em desenvolvimento, quem sabe não é a mais nova economia da cidade?”, disse Maurício quanto questionado sobre os impactos ambientais causados pela economia atual, extrativismo de madeira, pecuária e plantações de grande porte.

Ainda conversamos com a estudante de administração, Evelym Pámela, que mora na cidade desde o primeiro ano de idade, ela ressalta que quando era criança não existia asfalto, os lagos era um bagunça, “um verdadeiro poço de garimpo, aqui tudo era baseado no Ouro”, perguntamos sobre a preocupação das pessoas com o meio-ambiente ela diz que hoje as pessoas estão mais atendas, “antigamente só destruía, hoje não, a escola está preocupada em preservar, os país, o Poder Público, enfim tem pessoas mais conscientes”, disse a estudante.

Matupá hoje uma das cidades modelos, em breve poderá ser uma potência turística, mas como disse a estudante Evelym, tem que continuar havendo essa preocupação de cuidar da cidade e preservar as belezas naturais; quão belo é assistir a um show as margens do lago, onde se reflete a noite toda a beleza da cidade, os enamorados curtem as casinhas do lagos, os desportistas tem onde alimentar sua sede pelo Esporte. Em um passado próximo visitava a cidade e via o caos nos lagos da cidade, hoje as potências são outras.

Conheça Matupá; será nosso próximo tema aguardem...

Por
Leandro Nascimento


Fotos: Focus

Um comentário:

  1. vejo que teem muitas de bom senso que enchergam as coisas boas que aconteçe no mundo

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