Em audiência pública ocorrida nesta quarta-feira (20) na
Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), o diretor-geral do Dnit, Jorge
Fraxe, afirmou que o maior entrave das rodovias de Mato Grosso e do Brasil é a
falta de pessoal para acompanhar a execução e fiscalizar.
“Com mais de mil contratos de empreendimentos, o Dnit não
tem topógrafo ou laboratorista de solo, é tudo terceirizado”, disse, ao
explicar que o órgão não conta com equipe própria para supervisionar as obras.
Para superar o problema, Fraxe informou que está sendo alterado o modelo de
contrato para supervisão de obras, que passará a responsabilizar a empresa
supervisora. Outra reclamação do diretor foi como recebeu o órgão do ex-diretor,
Luiz Antônio Pagot, "só recebemos a sala vazia, não nos foi passado nada,
ficamos 06 meses tentando entender o Dnit" - lamenta.
Questionado pelo Senador Jaime Campos sobre a rodovia
242, Fraxe disse que está dependendo exclusivamente de um projeto do governo do
estado, que espera nos próximos 180 dias. Fazendo troça, Jaime disse que irá
rodar o estado com um alto-falante anunciando que se a rodovia não sair, a
culpa será do governador.
Sobre uma obra no entroncamento de Rondonópolis, Fraxe
disse que não gostou do que viu e disse que haverá problemas com o prefeito que
tocou a da obra, uma vez que foi firmada parceria para a prefeitura local
realizar os serviços.
Fraxe também convocou o superintendente do órgão no
estado para um 'minicurso' a fim de prepará-lo para acompanhar e cobrar a
execução das obras. Além disso, marcou uma agenda no estado para prestar
maiores esclarecimentos as autoridades locais e a população.
A audiência foi requerida pelo senador Aloysio Nunes
Ferreira (PSDB-SP), onde Fraxe prestou esclarecimentos sobre problemas
estruturais em grande parte das rodovias concluídas pelo órgão nos últimos
anos, incluindo Mato Grosso.
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