quarta-feira, 20 de março de 2013

Pagot quer ser o gerentão da Copa e desce o porrete em Silval


Luiz Antonio Pagot, que passou por 3 secretarias no governo Blairo Maggi e depois atuou como diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, admitiu nesta terça à noite, em entrevista ao Resumo do Dia, programa apresentado na TV Rondon (SBT) por Roberto França, que foi indicado pelo seu padrinho político para assumir pasta na administração Silval Barbosa.

Em seguida, o próprio Pagot conclui que a sugestão de Maggi não deve ter ganhado respaldo do Palácio Paiaguás porque até agora não foi chamado para ocupar secretaria.

Ao mesmo tempo que se coloca à disposição da administração peemedebista, o ex-secretário faz críticas ao governo Silval. "O governo está precisando de um gerentão, com carta branca para cuidar das obras da Copa. Eu seria esse gerentão", pontua Pagot, ao lembrar que há cerca de 60 dias conversou com o ex-governador e senador Blairo Maggi sobre os projetos de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande preparativos para o Mundial de futebol de 2014 e sobre a ideia de integrar o primeiro escalão. A indicação fora feita, de fato, mas, segundo comenta o próprio Pagot, não houve interesse, pois continua sem resposta. "Não me procuraram porque tem uma coisa: ciúmes de homem", afirma Pagot, sem citar nome e como se tivesse mandando recado. Recentemente, ele fez críticas à escolha pelo governador do nome de Cinésio de Oliveira, indicado do deputado federal Wellington Fagundes (PR), para a pasta de Transporte e Pavimentação Urbana.

Com a experiência de quem já atuou como secretário estadual de Infraestrutura (hoje pasta de Transporte e Pavimentação Urbana), de Educação e Casa Civil, Luiz Pagot, que era chamado de trator do governo, afirma que "está tudo errado" a forma como os projetos voltados à Copa-2014 vêm sendo conduzidos. "Tem que estar com botina e capacete, temos que trabalhar das 6h às 22h”, pontua o ex-secretário.

Pagot, que caiu do comando do Dnit após escândalo no órgão, criticou também o modelo de pagamento e estratégia de cobrança por parte do Estado para que as empresas tenham condições de produzir três vezes mais. Conta que, enquanto secretário, "fez isso várias vezes". Sugere que a equipe do governo faça monitoramento e esteja sempre presente no canteiro de obras, sob pena dos projetos ficarem paralisados. "Tem que ter capital de giro, trabalhadores e máquinas, além de um planejamento maior porque tem coisas que são importadas e que estão paradas. Isso tem que ser resolvido na hora para até 2014 conseguir agilizar tudo".

RDNews

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