Este Blog apurou
que, em telefonema ao ex-governador e senador Blairo Maggi (PR), Lula
argumentou que está com agenda "apertada" e que não será possível
estar em Mato Grosso nesta semana. Ficou de combinar com o próprio Maggi, nos
próximos dias, uma nova data. Desta vez, o ex-presidente promete pisar em solo
mato-grossense para ficar ao menos 3 dias. Já adiantou que ficará na mansão do
empresário no Lago de Manso, em Cuiabá, e quer participar também de uma
pescaria no Pantanal.
A relação de
Maggi com Lula é estreita. Vem desde o primeiro mandato do petista como
presidente da República, inclusive se hospedando em Sapezal, onde Maggi possui
negócios. Foi o ex-governdor quem convenceu os segmentos do agronegócio a
apoiar em peso o projeto vitorioso de Lula à reeleição. Na semana passada, por
exemplo, ambos se reuniram em São Paulo. Conversaram sobre diferentes assuntos,
como acerca das eleições gerais de 2014 e sobre planos empresariais.
Lula passou o
segundo mandato tentando levar o hoje senador para ocupar cargo de ministro.
Não conseguiu convencê-lo. O empresário foi um dos financiadores da campanha da
presidente Dilma Rousseff e, a exemplo da época de Lula, o Palácio do Planalto
também se empenha para tê-lo em algum ministério. Ao receber o terceiro convite
da petista, Maggi sinalizou positivamente para a pasta da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, mas o fato da bancada do PR na Câmara reagir contra, num
movimento articulado pelo presidente nacional Waldemar da Costa Neto, acabou
por dificultar as negociações.
A aparição de
Lula em Mato Grosso "colado" na figura de Maggi é estratégica para o
pleito de 2014. O republicano que comandou o Estado por dois mandatos e
renunciou em março de 2010 para concorrer e vencer ao Senado está disposto a
encarar novamente o teste das urnas para o Palácio Paiaguás. Lula poderá
articular eventual apoio do PT ao nome de Maggi e até influenciar outras
legendas a subir no mesmo palanque.
Blog do Romilson Dourado (RDNEWS)
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